Regiões brasileiras - IBGE





As regiões do Brasil, delineadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1970 e posteriormente ajustadas após a Constituição de 1988, são agrupamentos estratégicos das unidades federativas. Esse arranjo, composto pelas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, não apenas facilita análises estatísticas, mas também direciona a implementação de políticas públicas de interesse comum. Essa divisão geográfica orienta a gestão governamental, possibilitando uma abordagem mais específica e eficaz para as necessidades de cada região, reconhecendo a diversidade e peculiaridades que compõem o país.

Elaborado com base em: Escola Kids - Regiões do Brasil


Região Norte

A Região Norte, a mais extensa do Brasil com seus impressionantes 3.853.676,948 km², abriga sete estados e uma população que supera os 17,3 milhões de habitantes, conforme os dados do IBGE de 2022. Seus traços físicos são marcados pelo domínio do clima equatorial e, em certas áreas, pelo clima tropical, onde a umidade do ar permanece elevada devido às abundantes chuvas em diversas localidades. É aqui que se encontra a grandiosa bacia do Rio Amazonas, a maior do mundo, e o ponto mais alto do país, o imponente Pico da Neblina.

A diversidade geográfica da região revela-se nas planícies amazônicas, nos planaltos das Guianas e no planalto central, cada um contribuindo para a riqueza natural dessa área. Mas é a Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do planeta, que se destaca como um ícone de biodiversidade e importância ambiental.

Economicamente, essa região responde por cerca de 6,3% do Produto Interno Bruto nacional, segundo estatísticas do IBGE. Sua economia é impulsionada pelo extrativismo mineral e vegetal, pela atividade agropecuária e pelo turismo, que aproveita a exuberância natural como um ímã para visitantes em busca de experiências únicas.

Essa riqueza geográfica e econômica da Região Norte não apenas a define como uma potência natural, mas também ressalta a importância estratégica que desempenha no contexto nacional, alimentando debates sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e aproveitamento responsável de seus recursos.

Elaborado com base em: Escola Kids - Regiões do Brasil


Região Nordeste

A região Nordeste do Brasil se destaca como a terceira maior em extensão territorial, abrangendo cerca de 1.544.291 km² e dividida entre nove estados, ostentando o título de maior número de unidades federativas do país. Seu perfil demográfico é marcado por uma população que ultrapassa os 54,6 milhões de habitantes, posicionando-a como a segunda região mais populosa do Brasil, conforme os dados do IBGE de 2022. Contudo, é também onde se concentram os desafios sociais mais prementes, refletidos nos indicadores sociais menos favoráveis.

Os aspectos físicos da região são tão diversos quanto impressionantes. Com a maior extensão de costa litorânea do país, o Nordeste se caracteriza por uma variedade de climas que vão desde o semiárido até o equatorial úmido, passando pelo litorâneo úmido e tropical. As temperaturas elevadas ao longo do ano contrastam com as baixas médias pluviométricas, ocasionando períodos de seca extrema que desafiam a subsistência de grande parte da população. A paisagem é igualmente variada, abraçando a Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e outras formas vegetativas singulares.

Do ponto de vista econômico, o Nordeste ostenta o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, representando cerca de 13,4% da economia nacional. O turismo emerge como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento regional, atraindo uma quantidade significativa de visitantes ao longo do ano. As esplêndidas paisagens que oferecem atraem turistas em busca de beleza natural e experiências culturais enriquecedoras. Essa indústria turística desempenha um papel crucial no impulsionamento da economia nordestina, revelando o potencial econômico latente dessa região diversa e cativante.

Elaborado com base em: Escola Kids - Regiões do Brasil


Região Centro-Oeste

A região Centro-Oeste do Brasil se destaca como a segunda maior extensão territorial do país, abrangendo cerca de 1.606.403 km² e constituída por três estados. Apesar de sua vastidão, é a menos populosa entre as regiões, abrigando pouco mais de 16,3 milhões de habitantes, conforme os dados do IBGE de 2022.

Diferenciando-se das demais regiões por não possuir litoral, o Centro-Oeste exibe um clima tropical, caracterizado por estações distintas: um inverno seco e um verão chuvoso. Reconhecida como o berço das águas no país, essa região é marcada pela presença de nascentes de importantes rios brasileiros. Suas características biogeográficas únicas possibilitam a presença de formações vegetais diversas, com destaque para os biomas do Cerrado, Pantanal e Amazônia.

No que tange à economia, a região se fundamenta especialmente nas atividades agropecuárias e no extrativismo. Sobressaem-se na produção agrícola culturas como soja, milho, arroz, algodão, aliadas à criação de gado em sistemas de pecuária extensiva. O turismo também exerce papel significativo em algumas áreas, impulsionando a economia regional. A presença de chapadas deslumbrantes, repletas de cachoeiras, como a Chapada dos Veadeiros e a Chapada dos Guimarães, atrai visitantes em busca de experiências naturais inigualáveis, contribuindo para o desenvolvimento econômico local e revelando a beleza única desse território.

Elaborado com base em: Escola Kids - Regiões do Brasil


Região Sudeste

A Região Sudeste do Brasil, apesar de sua posição como a segunda menor em extensão territorial, é um dos pilares fundamentais do país. Compreendendo aproximadamente 924.620 km² e abrigando quatro estados, destaca-se pela relevância de São Paulo e Rio de Janeiro, considerados ícones do desenvolvimento nacional. É nessa região que reside a maior população do Brasil, ultrapassando os 84,8 milhões de habitantes conforme os dados do IBGE de 2022.

Os aspectos físicos revelam uma diversidade marcante no Sudeste brasileiro. Com climas predominantemente tropical atlântico e tropical de altitude, além de zonas subtropicais e semiáridas pontuais, a região exibe um relevo variado, abrangendo serras, planaltos e planícies costeiras. A vegetação também é notavelmente diversificada, apresentando formações como a Mata Atlântica, o Cerrado e até mesmo porções de Caatinga. No que concerne à hidrografia, os rios de planalto ganham destaque nesse território.

Do ponto de vista econômico, o Sudeste se consagra como a região mais desenvolvida do país, respondendo por 55,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. É um polo industrial, comercial e financeiro de destaque, abrigando indústrias de automóveis, petrolíferas, siderúrgicas e diversos outros setores. No entanto, essa prosperidade econômica também traz consigo desafios socioeconômicos, como a favelização e superpopulação, resultado do constante fluxo de pessoas em busca de oportunidades de emprego na região. A complexa dinâmica entre desenvolvimento e desafios sociais delineia a realidade do Sudeste brasileiro, revelando um território de contrastes e pluralidade.

Elaborado com base em: Escola Kids - Regiões do Brasil


Região Sul

A Região Sul do Brasil se destaca como a menor em extensão territorial, abrangendo aproximadamente 576.774 km² e composta por três estados. Sua distinção se dá pela forte influência da colonização europeia, moldando sua cultura e características únicas. Apesar de ser a terceira região mais populosa, com mais de 29,9 milhões de habitantes conforme o IBGE de 2022, destaca-se pelos melhores indicadores sociais de saúde e educação no país.

Os aspectos físicos revelam um clima predominantemente subtropical, diferenciando-se por suas estações bem definidas, com invernos frios e verões quentes. O Sul do Brasil experimenta geadas e neve na estação fria, fenômenos incomuns nas demais regiões. As chuvas são regularmente distribuídas ao longo do ano, com a presença de rios que compõem as bacias do Rio Uruguai e do Rio Paraná, predominantemente originados de planaltos.

Do ponto de vista econômico, a região é a segunda mais rica do país em termos de Produto Interno Bruto (PIB) e a segunda mais industrializada. Sua economia baseia-se em atividades como o extrativismo vegetal na Mata das Araucárias, a agricultura com ênfase na produção de uva, feijão e milho, além da pecuária voltada para a indústria de laticínios, criação de suínos e aves. Um dos principais pontos turísticos é o renomado Parque Nacional do Iguaçu, localizado no estado do Paraná, conhecido pelas majestosas Cataratas do Iguaçu, um verdadeiro espetáculo natural que atrai visitantes de todo o mundo. A Região Sul se destaca não apenas por sua economia diversificada, mas também por sua rica herança cultural e belezas naturais que encantam e atraem turistas.

Elaborado com base em: Escola Kids - Regiões do Brasil


Regiões geoeconômicas do Brasil

A organização geográfica do Brasil passou por distintas visões ao longo do tempo. Em 1969, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estabeleceu a divisão oficial do país em cinco regiões. Contudo, já em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs uma abordagem alternativa, dividindo o território em três regiões geoeconômicas. Essa concepção se fundamenta na história de formação do território nacional, especialmente considerando os impactos da industrialização, buscando captar as profundas disparidades do país.

Geiger identificou três regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. Essa classificação não se limita às fronteiras estaduais, mas sim busca agrupar áreas com afinidades econômicas, históricas e culturais. Tal estruturação regional proporciona uma melhor compreensão das relações sociais e políticas, destacando as similaridades entre os espaços.

Ao contrário da divisão oficial do IBGE, os complexos regionais delineados por Geiger transcendem os limites territoriais estaduais. Isso pode ser evidenciado pelo norte de Minas Gerais inserido na região Nordeste, enquanto o restante de Minas está vinculado ao Centro-Sul.

Essa nova perspectiva de regionalização é de grande valia para a geografia, pois oferece uma abordagem renovada para compreender a evolução histórica da configuração espacial do Brasil, permitindo enxergar além das fronteiras políticas e destacando as dinâmicas sociais, econômicas e culturais presentes em cada região.

Elaborado com base em: Pesquisa Escolar Uol - Regiões geoeconômicas


Os quatro Brasis de Milton Santos

A proposta de divisão regional dos geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira, elaborada em 2001, representa uma abordagem inovadora ao considerar a difusão seletiva dos meios técnicos-científicos-informacionais e as influências históricas na configuração do território brasileiro. Este modelo resultou na identificação e delimitação dos chamados quatro Brasis: Região Concentrada, Região Centro-Oeste, Região Nordeste e Região Amazônica.

Ao considerar aspectos socioeconômicos e geográficos, essa regionalização ressalta a integração do território brasileiro em uma economia periférica no contexto do capitalismo globalizado. Ela não apenas mapeia as diferentes regiões, mas também realça a dinâmica dos fluxos que se estabelecem por meio da infraestrutura, que sustenta as redes de informação, mercadorias, capitais e deslocamento de pessoas.

A Região Concentrada se destaca como polo econômico, concentrando atividades financeiras, industriais e tecnológicas. O Centro-Oeste, por sua vez, é marcado pela agropecuária e pela recente expansão urbana. No Nordeste, as características históricas se entrelaçam com desafios socioeconômicos, enquanto a Região Amazônica representa não só uma riqueza ambiental, mas também um palco de disputas pela preservação e desenvolvimento sustentável.

Essa divisão regional vai além da mera delimitação geográfica; busca entender a dinâmica complexa entre as regiões, considerando suas interações, dependências e disparidades. A história, a tecnologia e a economia se entrelaçam nesse mapeamento, evidenciando as peculiaridades e desafios de um país vasto e diversificado como o Brasil, inserido em um contexto global em constante transformação.   

Elaborado com base em: tudo GEO - Os quatro Brasis de Milton Santos


Sub-regiões do Nordeste

O Nordeste do Brasil, composto por nove estados, é uma região diversificada dividida em quatro sub-regiões distintas: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata. Cada uma dessas áreas apresenta características geográficas únicas, influenciando diretamente nas atividades sociais e econômicas.

O meio-norte, abrangendo Maranhão e oeste do Piauí, serve como uma transição entre a Amazônia e o sertão, com vegetação como a mata de cocais e práticas econômicas centradas no extrativismo vegetal e agricultura tradicional.

O sertão, conhecido como "Polígono das Secas", é semiárido e enfrenta secas periódicas. A caatinga domina sua paisagem, e atividades como pecuária, agricultura irrigada e extração de recursos naturais são essenciais para a sobrevivência da população local.

O agreste é uma área intermediária entre o sertão e a zona da mata, variando de seco a úmido. Sua economia se baseia na pecuária e agricultura de subsistência, sendo palco de festividades populares.

A zona da mata, com clima tropical úmido, estende-se pelo litoral nordestino, concentrando grande parte da população e sendo altamente urbanizada. Sua economia é impulsionada pela cana de açúcar, extração de recursos naturais, como petróleo, e um forte turismo costeiro.

Elaborado com base em: Brasil Escola - Sub-regiões do Nordeste